terça-feira, 23 de agosto de 2011

Algumas doses de mar

Sabe a lua? Ela faz com que as ondas do mar se agitem e se percam entre si quando se diz cheia.

Sorte do tubarão, que em sã consciência - e forte estrutura física - captura os frágeis peixes ludibriados pela astrologia. A maré sobe e as águas marinhas metamorfoseiam-se em uma louca festa. É água sobre água, que já não se sabe o quanto de sal em cada litro restou.

Mas a lua... Ah, sim, a lua! Eterna amaldiçoadora. Há milênios - quiçá, bilênios! - amaldiçoa o mar que, em sua compania, amaldiçoa a todos nós, humanos, com o amor.

Sorte do tubarão-humano, que em sã consciência - e pouca sensibilidade - captura os frágeis peixes-humanos ludibriados pela eterna promessa de amor. O tesão sobe e as palavras ditas metamorfoseiam-se em água, em sal, em nada. É decepção sobre decepção, que já não se sabe o quanto de amor em cada dose de mar restou.

sábado, 20 de agosto de 2011

Chega de esquivas, entregue-se!

Cada vez mais encontramos relacionamentos fadigados, frios, quebradiços. Isso é resultado de um processo muito conturbador pelo qual o ser humano tem evoluído assustadora e rapidamente: sua facilidade em não se envolver com outro ser humano.
Logo no início de uma relação, quando você começa a conhecer a outra pessoa, já é possível perceber o quão disposta ela estará para “mergulhar” em um relacionamento amoroso a dois. E, não raramente, é ainda no início que as pessoas começam a ser esquivas, evasivas, sem profundidade, superficiais. Ou seja, não dão espaço para um real envolvimento entre as duas, alegando um possível desafeto no futuro. Isso é medo de se machucar? Isso é lembrança de relacionamentos anteriores nos quais a pessoa foi machucada? Afinal, o quão covarde você é, a ponto de não conseguir se envolver com um outro ser humano, da forma mais gostosa e natural que existe, por causa de uma outra pessoa que já passou por sua vida?
Liberte-se do passado, se abra para o futuro. Se não tentarmos, se não estivermos abertos ao desconhecido, nunca saberemos quanto de amor e carinho essa outra pessoa poderá nos proporcionar. E aos mais radicais que não creem no amor, ou creem, mas consideram impossível encontrar um, eu vos digo: amai, amai mesmo! Seja quem for, ame. Não deixe de amar por achar que o amor é difícil. Não deixe de amar o novo porque o antigo lhe provou que o amor entre vocês não deu certo. Afinal, uma pessoa que não ama é uma pessoa que não vive. Não deixe de viver! Não deixe de se envolver!

Cabrum do bem.

As nuvens lá foram principiam a tempestade aqui dentro. É como se raios e trovões iluminassem todo um arsenal de sentimentos e sensações que almejam pela explosão e autoexteriorização. Estão apenas à espera daquele dedo que irá pressionar o botão "explodir". Mas cadê esse dedo personalizado em coragem? Ele está escondido, perdido entre palavras de ódio e rancor que inibem sua atuação. Paradoxal, não? Ódio e rancor deveriam ser palavras impulsionadoras de uma grande explosão. Mas quem disse que minha explosão será de ódio e rancor? Não, não. Quero explodir de alegria, de amor, de paz. A luz proveniente dessa explosão deverá guiar meus caminhos, beneficiando não só a mim, mas a todos que me acompanham. Tempestades de grande calmaria estão por vir.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amar é...

Amar é perder-se em abismos profundos de pura alegria; é sentir-se totalmente completo no meio do nada; é ser o que se quiser, sem medo, sem receio; é entregar-se a um corpo cujos donos são deuses da beleza, da sedução, da paixão; é poder olhar nos olhos e saber que enxerga mais que retina, íris e córnea, enxerga a pureza e o defeito da pessoa amada, admirando milimetricamente cada célula imperfeita e cada atitude desprovida de lógica; é poder admirar um simples gesto e algo extraordinário de formas equivalentes; amar é entrega, é envolvimento, é desejo.

Amar... ahhhhh... amar não é nada disso! Amar não exige palavras complicadas, conceitos absurdos, nem opiniões alheias. Amar é amor.